Em reunião realizada nesta quinta-feira (14), o Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aéreas) apresentou sua avaliação da contraproposta entregue pelos aeronautas para a renovação da CCT (Convenção Coletiva de Trabalho) e formulou uma nova proposta, ainda considerada aquém das expectativas pelo SNA.
As empresas oferecem agora 0% de reajuste salarial, mas com abonos a serem pagos nos meses de junho (1%), julho (2%), agosto (3%), setembro (4%), outubro (5%) e novembro (9%).
Cabe ressaltar que esses abonos não seriam cumulativos e que não seriam incorporados de fato ao salário, que teria, como citado, 0% de reajuste. A base para cálculo dos abonos seria sempre o salário recebido no mês anterior.
As companhias ofereceram também 11% de reajuste nas diárias nacionais, no vale alimentação e no seguro de vida —a partir de fevereiro, ou seja, não-retroativo à data-base de 1º de dezembro. Nos pisos salariais e nas diárias internacionais, nenhum reajuste foi oferecido. Também negaram qualquer contrapartida nas cláusulas sociais.
Uma assembleia será convocada pelo SNA para o dia 20 de janeiro para que a categoria delibere sobre o que foi oferecido pelo Snea e sobre os rumos que serão dados à negociação a partir de agora.
No dia 22 de janeiro, está agendada uma audiência no TST (Tribunal Superior do Trabalho) para discutir o assunto.
O sindicato pede a todos os aeronautas que fiquem atentos e mobilizados e que participem da discussão e das tomadas de decisão, por meio das assembleias.
Pauta de reivindicações
Em assembleia realizada no último dia 7, a categoria dos aeronautas aprovou como contraproposta a redução da pedida de reajuste salarial de 15% para 12% e o reajuste nos pisos salariais e diárias de 20% para 15%, como forma de sinalizar boa vontade nas negociações sem abrir mão de um mínimo de reposição frente à inflação.
A pauta também incluía reivindicações em cláusulas sociais, como por exemplo garantia de níveis de emprego e melhorias em cláusulas como sobreaviso, compensação orgânica e passe livre.